12 de janeiro de 2025

A morte tem 7 herdeiros

 

Editora Moderna

Eu guardei meu exemplar de "A morte tem 7 herdeiros" por quase 30 anos, e este ano finalmente foi compartilhado com as minhas filhas: um livro de mistério antes de ler Agatha Christie, pensava eu. Eu lembrava que era claramente uma homenagem - ela é citada na história! - afinal quem matou o patriarca da família entre tanta gente interessada na herança?

Mas o livro é um pouco confuso, vai morrendo gente, e a gente se perde entre tantos personagens, e é uma farsa, e eu acho que pré-adolescentes não conseguem apreciar isso, de certa forma. As minhas duas garotas leram (quase 10 e quase 12 anos), mas definitivamente não foi o sucesso que eu imaginava (nem para mim, tanto tempo depois).



7 de janeiro de 2025

O Empyriano

Editora Minotauro

Fui pega pela série da Quarta Asa. Uma amiga me deu o primeiro livro: vamos ler, o último da trilogia sai em janeiro.

Chega janeiro, e a trilogia vira uma série de 5 livros, sem data de publicação dos dois últimos.

Agora já era.

Livros típicos de romance + fantasia:

- uma protagonista linda, inteligente, frágil, determinada, escolhida, líder, etc, etc

- um interesse romântico lindo, inteligente, determinado, apaixonado, etc, etc

- um mundo realmente bem construído - com dragões!!!!

600 páginas cada que são possíveis de ler em um final de semana sem compromissos, ou uma semana com intervalos típicos de vida adulta.

É entretenimento, minha gente.



 

O Fazedor de Velhos

 

Editora Companhia das Letras

O livro "O Fazedor de Velhos" foi lançado em 2008 e nas descrições que eu li na internet é um romance de formação (coming of age), sobre um garoto de 18 anos que não gosta da faculdade de história e não sabe o que fazer. Ele é apresentado então a um professor de histórias mais velho que se torna seu mentor, passando tarefas e lições de vida.

Eu pensei, a princípio, que era a história verdadeira do autor Rodrigo Lacerda (ah, essa moda atual de auto ficção), mas o personagem chama Pedro e aí percebi que era só ficção mesmo.

O livro ganhou o prêmio Jabuti de melhor obra juvenil, então deve fazer mais sentido para adolescentes mesmo, porque tudo parece bem dramático demais, aquela crise existencial de perder o grande amor e não saber o que fazer da vida.


3 de janeiro de 2025

Enquanto houver limoeiros

 

Editora Verus

A canadense Zoulfa Katouh, filha de sírios, escreveu esse livro - uma mistura de romance Young Adult e relato de guerra - para falar sobre a Revolução Síria que estourou na década de 2010, e esteve nas notícias no final do ano passado.

Apesar de ser uma história ficcional, tanto a violência como o sofrimento da população são relatados de maneira bem gráfica, e foi bem difícil ler o livro todo.

É interessante ver um romance jovem em outra cultura, mas os personagens são simples e há partes da trama claramente forçadas. 

Assim, é difícil recomendar esse livro porque precisa ter estômago, mas a construção da história parece para adolescentes / jovens adultos. 




2 de janeiro de 2025

Lia

 

Editora Companhia das Letras

No ano que a minha Lia faz 10 anos, o meu primeiro livro é esse mesmo - comprado não só pelo título, mas porque admiro Caetano W. Galindo faz um tempo, do blog da Companhia das Letras, entrevistas e podcasts. 

O autor logo explica que essa obra começou como folhetim - capítulos publicados num jornal independente e, ao longo do tempo, cada leitor iria conhecer (construir?) a Lia. Com tamanha liberdade, é gostoso de ver a experimentação de cada parte, são diferentes narradores e tipos de textos, diferentes visões da mesma personagem - e até do autor (será o autor mesmo?) se posicionando em um ou outro trecho. 

Eu gostei bastante, apesar de descobrir que o nome da personagem é Lucília, e recomendo para quem não se incomoda com uma literatura menos convencional.