Editora Companhia das Letras - Capa Daniel Trench |
Svetlana Aleksiévitch ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2015, e comentaram que sua escrita era documental, baseada em relatos de depoimentos relacionados a sobreviventes da II Guerra Mundial e Tchernobyl. Fiquei curiosa, é claro, e esse ano chegou a hora de me surpreender.
"A guerra não tem rosto de mulher" é incrível, supreendente, um lado da humanidade - um lado da guerra - que a gente não imagina, não consegueria imaginar se não fosse contado para a gente. Incrível que tem tantos filmes e livros sobre guerra, e como essa visão feminina não tenha aparecido antes. Sabemos da Joana D´Arc, claro, mas e todas as mulheres que resolveram pegar em armas? As espiãs? As com funções administrativas? As enfermeiras? As mulheres que lavavam roupas... existiam lavadeiras na guerra, e eu nunca tinha pensado nisso.
Esse livro reforça a minha ideia de que homens e mulheres são diferentes sim. Mesmo nas mesmas funções, no mesmo lugar, no mesmo evento - são diferentes. E isso não é ruim.
No livro, a autora tanto descreve o que ela ouviu das mulheres que entrevistou, assim como também a sua jornada de busca por depoimentos, e como foi filtrar / escolher o que entraria no livro e até com que ela queria falar, já que era muitas mulheres mesmo que a começaram a procurar quando descobriram o trabalho que ela estava fazendo.
Realmente, digna de ganhar um prêmio nobel e, seu livro, digno de ser lido por todo mundo que quer conhecer o que é humanidade.