Editora Arqueiro - Capa Fiction |
Em "Mundo sem Fim", Ken Follet começa com 4 personagens crianças, e os acompanha até a velhice, numa pequena cidade da Inglaterra que gira em torno do Priorado, onde vivem monges e freiras. Há um casal principal, Caris e Merthin, e várias reviravoltas sociais e políticas que o impedem de ficar juntos, e a gente vai torcendo por eles, mas o que mais vale a pena é o retrato histórico da época.
Há o clero, há a burguesia emergente, há a nobreza, e os conflitos e cooperação entre eles. Merthin e Caris são particularmente inteligentes, mas há uns burros e astutos, que conseguem chegar tão longe que dá até raiva.
No meio da história, estoura a Peste Negra, e é impressionante o efeito na população e na vida diária. São milhares de mortes, com um impacto econômico incrível. Difícil se colocar na mesma situação, ou trazer para os dias atuais. Quero crer que uma doença que mata em 3-5 dias e se alastra naquela velocidade não pode acontecer novamente.
Por fim, é interessante ver muitas mulheres em posição de liderança, não só como Madre Superiora, mas dirigindo comércio e a cidade. Pensei que poderia ser um exagero, uma pitada moderna demais, mas depois lembrei que é o país que teve uma rainha no século XVI. Parece que as mulheres só quiseram independência e respeito nos últimos 50 anos, mas aposto que muitas foram pioneiras em todos os lugares do mundo, nessas centenas de anos de história. E não poucas, mas realmente mais do que imaginamos (e menos do que gostaríamos).
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