29 de novembro de 2015

The Name of the Wind e The Wise Man's Fear

Editora DAW Books - Capas por G-Force Design

Uma grande amiga indicou os livros do Patrick Rothfuss como um "Harry Potter" para adultos. Como somos órfãs do bruxinho (por mais releituras que possamos fazer), resolvemos encarar os livros: "The name of the wind" e "The Wise Man's Fear". E aí está o primeiro ponto de atenção - a trilogia ainda não está completa e o autor não dá nem previsão de quando irá lançar o próximo tijolinho. Sim, cá estamos presas no meio de uma série assim como "Guerra dos Tronos". Não gostamos disso definitivamente, mas já tínhamos começado a ler a série quando descobrimos isso.

O personagem principal Kvothe é um bruxo prodígio e precoce (assim como Harry Potter), que resolve contar a história da sua vida para um "historiador", que viaja pelo mundo recolhendo histórias e as reconta. Ele é realmente um gênio, mas vive como um dono de estalagem, simples e simplório, embora tenha algo como um aprendiz, que sabe quem ele é realmente. O ponto é, claro, como um mágico de alto potencial não está usando seus talentos e conhecimentos para ajudar a si mesmo e talvez até o mundo (que está passando por uma grande ameaça de forças desconhecidas / negras). 

Eu particularmente não gostei muito do primeiro livro - achei o Kvothe um chato metido. Se você não simpatiza com o personagem principal, fica difícil se envolver na história. No segundo livro, um pouco mais maduro, ele realmente fica menos metido, e demonstra melhor suas fraquezas. Então, estou ansiando pelo terceiro para ver como tudo se resolve, e não só como o bruxo chega a dono de estalagem, mas como vai ser sua redenção - porque estou torcendo pelo seu sucesso, e a vitória do bem contra o mal, e a mocinha ficar com o mocinho.

Não substitui o HP no meu coração (nem chega perto), mas vale como um novo mundo de fantasia para se entreter. 



Festa no covil

Editora Companhia das Letras - Capa Elisa Von Randow

Eu conheci o Juan Pablo Villalobos através do blog da Companhia das Letras, e simplesmente adoro todos os seus posts - são sempre bem humorados, seja com assuntos leves ou pesados - literatura, política, costumes (ele é mexicano e mora aqui no Brasil), férias. Demorei, mas li agora seu primeiro livro: Festa no Covil, lançado em 2012. 

A história é contada do ponto de vista de uma criança, o filho de um chefe de quadrilha, que vive isolado e conhece tantas pessoas que praticamente ele as conta nos dedos das mãos. É mimado, claro, como qualquer criança que tem tudo o que quer e até quer umas coisas estranhas, como um hipopótamo anão. Mas o mais interessante é a distorção de realidade que ele nos apresenta - um tanto por ser criança, um tanto pelo isolamento, um tanto por viver do lado de lá da moral comum.