29 de junho de 2014

Never let me go

Editora Random House

Eu sempre gostei do título desse livro: Never let me go, em português traduzido por "Não me abandone jamais", que, para mim, não é exatamente a mesma coisa. Eu recebi também testemunhos exaltados desse livro - é muito bom! é incrível! - e eu nem sei dizer porque demorei tanto para lê-lo.

Realmente o livro de Kazuo Ishiguro é fantástico. Ele se passa na Inglaterra no final da década de 90 - o que por si só já é bem inesperado, pois a realidade que se apresenta ali caberia muito melhor no futuro.  O autor criou um mundo paralelo, em que existe uma classe especial de pessoas, da qual fazem parte os personagens principais dessa história: Kathy, Ruth e Tommy. Mas não é isso que importa. O livro é uma reflexão sobre humanidade, existência, destino e amor. 

É um livro lindo, tocante e perturbador. Não sei se o filme conseguiu ter a mesma leveza e profundidade, por isso receio em assisti-lo. Se alguém leu e assistiu, gostaria de saber a opinião. Por enquanto, fica a sugestão para trazer um toque de incômodo para a sua vida.


23 de junho de 2014

Jogando por Pizza

Editora Rocco

Quem conhece Jonh Grisham, o conhece por seus livros de tribunais americanos, que ficaram famosos nas últimas décadas pelas adaptações ao cinema. Em obras dele, baseiam-se A Firma, O Dossiê Pelicano, O Cliente, entre outros.

Então "Jogando por Pizza" é um ponto fora da curva, já que fala de um jogador de futebol americano, que já em declínio, é contratado por um time na Itália, para ser o superstar. É interessante, claro, a diferença cultural abordada, ou o retrato de um esporte "estrangeiro" em uma terra da bola no pé, mas há tantas descrições de jogos e treinos que para mim pareciam "blá blá blá whiskas sachê".

Confesso que eu fiquei ali, esperando uma ceninha na corte, uma decisão de júri, mas o que foi insinuado, nunca acontece mesmo. Então, se você for se aventurar por esse livro (o preço pode ser um bom atrativo), não espere o Jonh Grisham que conhecemos.

17 de junho de 2014

A Dama Dourada

Editora José Olympio - Capa Cristiana Barreto e Flavia Caesar
O personagem principal: o quadro "Retrato de Adele Bloch Bauer" de Gustav Klimt.
O cenário: Áustria.
O período: do final do século XIX até o começo do século XX.
Incluindo: arte e política, duas guerras mundiais, o Holocausto, brigas familiares e uma batalha judicial.

Esse livro tinha tudo para ser muito interessante, mas acabou sendo uma decepção...

"A Dama Dourada - Retrato de Adele Bloch Bauer" se resume na "extraordinária história da obra-prima de Gustav Klimt". O livro inicia contando sobre a vida do autor, seus relacionamentos, como ele conheceu Adele, um possível caso amoroso, como o retrato foi pintado. Adele morre, Gustav Klimt morre, e chegam os nazistas, arianizando tudo, e o retrato de uma senhora judaica proeminente da sociedade austríaca no início do século XX se torna "A Dama Dourada". Com a segunda guerra, o quadro fica com o Museu Austríaco, apesar de ser propriedade do marido de Adele, que acaba fugindo da Áustria. Na década de 1990, a sobrinha de Adele, uma dos 5 herdeiros da família, une-se a um advogado para reaver essa e outras obras de arte da família. Eles conseguem o quadro, leiloam, ganham 135 milhões, os quais 40% vão para o advogado (!!!) e você pode vê-lo no Neue Galerie em Nova York.

Está aí o resumo para você ver se realmente interessa saber mais detalhes dessa história, principalmente sobre Áustria, e como foi a perseguição aos judeus ricos e o que os nazistas faziam para conseguir suas propriedades (além do óbvio, torturar e matar).

Como eu já disse, infelizmente, não gostei do estilo da autora, Anne-Marie O'Connor, uma jornalista. A história é aparentemente linear, mas há alguns pulos na cronologia, principalmente na forma de flashback, e digressões que não parecem naturais, apesar de potencialmente interessantes. Confusa com a introdução de tantos personagens paralelos sem explora-los adequadamente, e "Alguns anos antes,... " em demasia, peguei bronca do livro, e só acabei de lê-lo para, como eu disse, saber mais sobre essa história que eu achei bem interessante, apesar de tudo.




12 de junho de 2014

Isso ou Aquilo? - Respondendo a perguntas

Nesse blog, eu escrevo quase que exclusivamente sobre os livros que eu já li, aí veio a Mariana, do blog Livros e Nerds, e fez um pedido tão fofo para que eu participasse de uma Tag, que eu não resisti e disse Sim! O mais legal é que se trata dos livros em si, então é uma forma de vocês conhecerem mais sobre os meus hábitos e gostos de leitura, e pensar sobre os seus.

1- Áudio book ou físico?

Alguns meses atrás, ao iniciar a minha participação ao caos urbano de São Paulo como motorista, perdi muito meu tempo de leitura no transporte público, então eu adaptei: comecei a usar a função do meu Kindle de "ler o livro". Não é um áudio book, porque é como se fosse um aplicativo automático, mas quebra o maior galho. Não comprei nenhum áudio book ainda porque acho mais versátil poder ler e ouvir o livro dependendo do momento, mas ainda devo me aventurar. De qualquer forma, a minha resposta é: prefiro o físico, mas o áudio book pode ser uma mão na roda!

2- Capa dura ou mole?

Capa dura só se for um livro muuuuuuuito bom, numa edição muuuuuuuuuuito boa, para guardar mesmo. Senão, capa mole e pronto.

3- Ficção ou Não-ficção?

Ficção, com certeza. Não ficção, só de vez em quando, alguns livros de história ou biografias, que forem bem recomendadas.

4- Fantasia ou Vida real?

Essa é bem difícil, porque há livros ótimos e livros ruins nas duas categorias. Não consigo me decidir mesmo, não tenho preferências! Só tenho algumas restrições com fantasias sem limites, que o autor nem se preocupa em fazer algo crível, sem limites para o nonsense.

5- Harry Potter ou Crepúsculo?

Harry Potter cooooooooom certeza! Primeiro porque é muito melhor construído, há uma trama central, e várias paralelas ou consecutivas (cada livro é completo em si), há bons personagens de apoio, foi construído um mundo paralelo com referências existentes (magia, mitologia, etc) mas com novidades incríveis. Crepúsculo, putz, é só a história da Bella, do Edward e do Jacob durante 4 livros debatendo: ah, eu quero ficar com ele, ah, eu quero ficar com ela, ah, eu amo tanto você, ah, eu também amo tanto você, ah, será que eu quero viver para sempre com quem eu amo? Faz favor! 

Por fim, claro, Harry Potter é a série da minha adolescência, então eu sempre terei sentimentos fortes por ela!

6 - Ebook ou livro físico?

Eu gosto de livro físico, mas estou achando Ebook cada vez mais prático, além de ser mais barato. Digo isso, claro, porque eu tenho um Kindle, e é agradável ler através de sua tela, o tamanho também é adequado. Se for para ler no computador ou em um tablet não específico, aí não.

7 - Comprar ou pegar emprestado?

Pegar emprestado, claro! Aí não depende de ter renda. Eu geralmente compro livros eletrônicos (porque não dá para pegar emprestado), os livros que ninguém tem ou os livros que eu quero guardar para reler.

8 - Livro único ou série?

Eu gosto de séries, mas desde que tenha conteúdo e não seja para encher linguiça e vender mais livros. Nada como ler um livro bem escrito e ficar com ele impactado na sua mente.

9 - Livraria física ou virtual?

Eu adoro entrar em livrarias, é o meu lugar favorito de qualquer shopping, mas compro virtualmente mesmo, porque geralmente é mais barato. (Aí vai a dica: no site do supermercado Extra tem os melhores preços!)

10 - Livro longo ou curto?

Longo, claro. Principalmente se for bom. Só recentemente estou sendo mais atraída para contos, que podem ser belas pérolas.

11 - Drama ou ação?

Drama, com certeza. Ação, para mim, lembra livro de guerra, e embora eu leia esses livros também, eu não gosto muito de violência. De qualquer forma, o que eu gosto meeeesmo é romance.

12 - Ler no seu canto ou no sol?

Ah, eu adoro ler no sol! Na piscina, na rede, no banco. Mas não tenho muitas oportunidades, então eu leio onde dá.

13 - Chocolate quente, café ou chá?

Chocolate quentinho e leitura combina muito! 

14 - Ler resenha ou decidir por si?

Eu gosto de ler resenhas sem spoiler, óbvio. Geralmente, eu leio resenhas depois que eu li o livro, e aí eu vejo se concordo ou não com a pessoa. A maioria das minhas leituras é indicação direta de outras pessoas, por contato direto ou pela internet.


Taí... Se alguém se empolgar para responder, coloca o link nos comentários, por favor! :D

 


8 de junho de 2014

Os últimos quartetos de Beethoven e outros contos

Editora Objetiva

Quando se pensa num livro de contos de Luís Fernando Veríssimo, vem a mente o que o imortalizou com Comédias da Vida Privada: humor rápido e inteligente, uma leitura leve, mas com conteúdo. Para essa expectativa, "Os últimos quartetos de Beethoven e outros contos" é uma decepção. 

Há boas histórias, claro, mas há duas ou três, que são longas (mais do que as 3-4 páginas usuais) e simplesmente não foram feitas para serem engraçadas. Há um toque de ironia, mas resta mais o desconforto do que o humor propriamente dito e isso simplesmente não é o que se espera do Veríssimo. Para quem lê tudo dele, coloque na fila e só gerencie a expectativa...