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A ideia do livro "Marias" é apresentada no subtítulo: "A Jornada heróica de 50 mulheres que fizeram história", o que é muito interessante - conhecer e se inspirar na vida de mulheres reais. No entanto, eu não gostei desse livro, e vou explicar meus motivos.
O primeiro é que o livro é claramente parcial pela posição filosófica (ou religiosa?) dos autores (o livro começou a ser escrito por Eduardo Castor Borgonovi e depois de sua morte foi finalizado pela filha Lara Braun), que é a Teosofia - pelo menos 2 perfis são de mulheres relacionadas a essa filosofia, e eu tenho minhas dúvidas sobre a relativa importância delas frente a outras mulheres - as biografias dessas mulheres são até mais longas do que outras, mais conhecidas.
O segundo ponto é a estrutura de cada texto: os primeiros parágrafos são "um resumo" da resumida biografia, que tem de 3 a 4 páginas, então, dá a sensação de deja vu, realmente não necessária numa leitura que é tão breve.
Por último, um ponto mais pessoal, eu não gostei do estilo de escrita - parece redação de colégio (com direito a alguns erros internos, como idade e ano de morte não coerentes) - com mais adjetivos e advérbios do que substantivos e fatos. Os autores procuram "provar" que as mulheres são destinadas para seus feitos, mas os argumentos não são claros ou tão convincentes.
Para algumas pessoas, pode ser um ponto de partida para conhecer mais sobre algumas personalidades, para outras, valem as curiosidades para um papo variado, mas eu não achei uma leitura gostosa.
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