Editora Companhia das Letras - Capa Jeff Fisher |
Parece que Franz Kafka
pediu a um amigo para destruir todos os seus manuscritos quando ele morresse.
Claro que o tal amigo não fez isso, por isso que temos aí tantas obras dele
para serem trabalho de escola, temas de dissertação e fontes de espanto para
leitores em geral.
“O Castelo” não é
diferente de outros livros dele: uma situação inusitada leva o personagem
principal – K. – a trilhar um labirinto confuso para ele e para o leitor. K. é
um agrimensor que chega numa aldeia, para trabalhar para o Castelo (a
instituição de poder local), mas é envolvido num mar de burocracia, e num
estranhamento com os próprios aldeões e o comportamento destes com relação ao
Castelo.
Há muitas falas
longas, em que os personagens falam muito e dizem pouco, então é um livro
cansativo, mas mesmo sem muita gente ler até o final, foi uma discussão boa no
clube de leitura. Vale dizer que o livro é inacabado mesmo, então só é bom ler
se você sabe lidar com esse tipo de “situação”.