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Em 1999, Gunter Grass ganhou o prêmio Nobel de Literatura e a sua principal obra de referência era "O Tambor". Curiosa a respeito do mais novo laureado, alemão, peguei esse livro na Biblioteca Municipal de Valinhos. Na hora de passar pelo balcão, a senhora comenta: "Que engraçado, ninguém pegava esse livro há 10 anos e você é a terceira nesse mês." E eu: "É que o autor acabou de ganhar o prêmio Nobel". E ela: "Ah...".
Essa pequena anedota diz duas coisas:
1) Pessoas que trabalham em biblioteca não necessariamente gostam de livros e todo o seu mundo.
2) Livros de Nobel são assim: passam anos ignorados pela população em geral, até serem popularizados por algum instante. (Se alguém conhece a biblioteca de Valinhos, vai lá ver para mim desde quando ninguém lê esse livro, por favor).
Eu não me lembrava com detalhes da história, mas a wikipedia me ajudou. O livro são as memórias de um anão, que está num asilo na década de 50, desde o seu nascimento na Polônia. É ele que toca o tambor, inclusive para entreter as tropas nazistas numa "trupe de anões". O livro foi escrito bem naquela época, então é um retrato da sociedade alemã contemporânea - e o que os entendidos gostam de chamar de "crítica social".
Eu não gostei tanto assim para me empolgar de ler outros, mas foi interessante conhecer um Nobel - e a literatura alemã que nem é tão conhecida por aqui.
Com os livros acontece mais ou menos como com os filmes, né? Quando se sabe que um filme foi indicado ao Oscar todo mundo sai correndo pra ver! :)
ResponderExcluirNo mais, fico sempre admirada com seu poder de transmitir coisas interessantes tão clara e objetivamente!
Amote <><<