10 de julho de 2011

Roots: The Saga of an American Family

Editora Vanguard Press
Lembrei-me desse livro conversando com um amigo, que eu li emprestado há alguns anos, numa edição bem velhinha, em inglês mesmo. "Roots: The Saga of an American Family", traduzido aqui por "Negras Raízes: a saga de uma família americana", foi publicado na década de 70 nos Estados Unidos e foi seguido por uma adaptação para TV, de grande sucesso.

Alex Haley, o autor, começa a história com a família Kunta Kinte, um jovem na África que é capturado e vendido como escravo nos Estados Unidos no século XVIII. A narração continua acompanhando sua descendência na América "até os dias de hoje" com as mudanças na história - escravidão, guerra, liberdade, miséria, dreitos civis...

A história foca na tradição oral do povo africano, de contar para as crianças o que aconteceu com os pais, os avós, os bisavós, e repetir e repetir até que esteja registrado no cérebro e no coração, para que não se esqueçam... Nós que estamos tão acostumados com a riqueza da informação escrita - salve o google - esquecemos do poder das estórias para passar informação, de manter a tradição viva nas famílias. Acho que estas estórias aproximam gerações e conectam os membros da família de uma forma que vemos pouco hoje em dia. Não é muito impressionate descobrir como somos parte de uma perspectiva muito maior, uma história que começou centenas de anos atrás?

Outro fato do livro que me marcou foi a tradição de nomear a criança na tribo africana em questão. O pai escolhe o nome e, depois que a criança nasce, ele primeiro conta para ela, em seu ouvido, e depois anuncia para a tribo. A criança é digna de ser a primeira saber como ela será chamada... Muito bonito isso, não?

Para quem gosta de sagas, recomendo fortemente. Para estimular a descobrir sua própria saga também. Todo mundo tem uma.

Um comentário:

  1. Sabe que estou para rever a série de Tv, consegui o box, e me lembrei de como é uma história boa, forte e emocionante.

    Não sabia do livro, mas tenho certeza ser tão bom (ou melhor) que a série.

    Obrigada pela dica! ;)

    Beijos
    Sandra
    http://apenasumavez.wordpress.com

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