Editora Le Dilettante - Capa: Atelier Civard |
Sabe quando ler um livro é um verdadeiro desafio?
Pois é, esse foi. Não parece, mas, em 3D, ele é um tijolo de 600 páginas. No entanto, o desafio não foi por isso, o "problema" dá para perceber pelo título "Ensemble, c'est tout" é um livro francês. E claro que o problema na verdade é a minha falta de vocabulário nessa língua e muita teimosia para ler até o final do livro, recomendação e empréstimo da Fér, depois que eu li "Uma outra chance para a felicidade" da mesma autora, Anna Gavalda.
"Juntos, isso é tudo" (minha tradução ao pé da letra, espero que a Fér se manifeste com uma melhor) é uma história bem bonita e romântica, mas assim como o outro livro da mesma autora tem uma narrativa esmerada, em que as ações descritas, os pensamentos são importantes para você curtir o livro. Não basta só entender a história mais ou menos, o valor do livro está em como ele é escrito também. (Não é da outra categoria, em que o livro vale pela história e só).
Ou seja, a solução foi comprar um dicionário francês - inglês (que era baratinho na kindle store) e tasca ler o livro com dicionário do lado, para perceber as nuances. (Legal mesmo era quando eu não entendia em inglês, aí apelava para o dicionário inglês - inglês do kindle, era um cascateamento). Ah, e não era só isso - tinha as gírias também! E um dos personagens principais, Frank, só fala na linguagem coloquial, com várias gírias e palavrões. Para compensar, o outro personagem, Philibert só fala difícil :-). Aí foi apelar para a Fér por email e para outros amigos que moraram por lá.
De teimosia, depois de praticamente 1 mês, consegui terminar esse livro! E eu gostei sim, e recomendo, principalmente se ele estiver na sua língua materna... A história de Franck, um cozinheiro criado pela vó e Camille, uma artista que trabalha como faxineira, que se encontram por causa de Philibert, filho de nobres falidos que mora num apartamento enorme "para ocupar o lugar", que é disputado numa questão de herança.
Embora não seja um comédia romântica óbvia, sim, tem seus momentos engraçados e também faz você torcer para o casal ficar junto, e no final, você fica com uma saudadezinha, uma vontade de continuar acompanhando a vida deles para saber até onde vai... (Ou isso porque eu passei tanto tempo lendo esse livro, que já faz parte da minha vida!)
Ah, por fim, tem um filme! Com a Audreu Tatou, a eterna Amélie Poulain.