A quem interessar possa, essa foi minha leitura de carnaval, com alguns anos de atraso já que a primeira edição desse livro é de 2005. Pelo menos, eu li a versão revisada de 2009, com material extra (alguns artigos e perguntas e respostas com os autores). Essa versão pocket é minha e está disponível para empréstimos.
Eu lembro de como esse livro "estourou" assim que foi lançado, pela maneira não convencional de abordar assuntos polêmicos - através dos números, das medidas do meio ("economia"), da estatística. Os autores, Steve D. Levitt, economista, e Stephen J. Dubner, jornalista, gostam de partir de perguntas não convencionais, como "O que lutadores de sumô tem a ver com professores de escola?" e "Pais realmente importam?", e através de um banco de dados fazer análises simples de correlação e covariância. Às vezes eles apresentam uma relacão de causa e efeito, às vezes só mostram que duas variáveis estão relacionadas (ajuda se você lembra estatística), mas apresentar uma visão não ortodoxa sobre o tema é que importa - baseando-se em números.
O tema mais polêmico tratado é a relação entre a liberação do aborto nos Estados Unidos na década de 70 e a incrível queda de crimininalidade na década de 90. É um capítulo bem longo que mostra por A + B que nenhuma outra causa alegada pode ter tido tanta influência como essa, de que a morte de filhos indesejados de mulheres de baixa renda significaria menos adolescentes deliquentes alguns anos depois. É interessante que eles dizem só apresentar os dados, e não defender a posição moral do aborto - eles até mencionam que outras ações de apoio a essas mães que recorrem a essa atitude drástica e às crianças que nascem nesses lares poderiam ter o mesmo efeito. Será?
Eu gostei também do capítulo sobre os fatores que possuem uma forte correlação com o bom desempenho escolar das crianças (ensino fundamental mesmo, em Chicago) e os que não possuem. Fica a dica: existe correlação quando as mães tiveram seu 1o filho depois dos 30 anos e os pais tem muitos livros em casa.
Por fim, um capítulo que fala da incidência dos nomes de meninas e meninos na população, branca e negra, e mais educada e menos educada. Tem até uma tabela que mostra o tempo médio de educação das mães, em anos, para alguns nomes. E é claro que eles identificaram: nomes populares entre ricos e bem estudados hj, serão os nomes mais populares geral daqui a uns 10 anos.
O livro é fácil de ler, e vale como curiosidade. É para se questionar se os números realmente não mentem, mas também para pensar fora da caixa. Ah, bom também para jogar informações numa mesa de bar - é capaz de render boas discussões!
Oie, acompanho seu blog há algum tempo mas tinha vergonha de comentar (rs).
ResponderExcluirSou louca pra ler esse livro mas infelizmente o preço dele não é dos mais convidativos (a "continuação" está mais barata que o original rs) e acabou entrando na minha lista de próximos a serem adquiridos numa promoção louca da Saraiva... rs
Obrigada pela indicação e se não conseguir emprestado com ninguém, vou tentar comprá-lo caro mesmo. rs
Bjus!
Oi Taciana! obrigada pela dica, não conhecia esse livro...
ResponderExcluire obrigada também pela informação referente ao livro O Retorno, realmente achei que se tratasse de uma série. Melhor já que não é....pelo menos no momento, rs...vou colocá-lo novamente na lista!
beijos e boas leituras! :)
Sandra
http://apenasumavez.wordpress.com
oi taci!
ResponderExcluirto lendo seu blog e fico boba como vc é diversificada na leitura!
beijocas
le (a prima)
Oi Taci!
ResponderExcluirEu tb li o Freakonomics meio atrasadinha, li ano passado so'. Gostei bastante porque como vc disse, faz a gente pensar de uma maneira diferente, meio de ponta cabeça.
Agora essa historia do aborto x criminalidade, li não lembro onde que o autor se enganou um pouquinho nas contas. Vou procurar depois te digo.
Beijos
Fér