15 de fevereiro de 2011

Cega

Editora Record - Capa Marcelo Martinez
Esse livro é um romance policial, daqueles meio gordos, mas que você lê de uma tacada só. Eu demorei dois dias, aproveitando todo tempo livro possível, porque suspense realmente não dá para esperar muito para saber o final, não é?

O livro começa logo com a dra. Sara Linton descobrindo uma mulher quase morta no banheiro de uma cidadezinha do interior da Georgia. Quase morta é praticamente um eufemismo, porque a narração é bem explícita para contar detalhes fortes sobre o sangue pingando, cortes, machucados e etc. E o fato da tal doutora ser a legista encarregada das autópsias só ajuda nesse aspecto - mais detalhes horripilantes. (Detalhe: a Sara é pediatra, mas faz bico de legista - para não se entendiar só cuidando de inflamação de ouvido). Completando, o ex-marido é o delegado da cidade, aparece uma segunda mulher desaparecida e depois quase morta, a polícia local começa a procurar o serial killer. A história é rápida, passa-se em mais ou menos uma semana, com direito a segredos do passado e desejo de vingança da irmã da tal mulher morta que é investigadora.

O livro fala com muitos detalhes descritivos de violência sexual e física, o que me deixou muito impressionada. Realmente não sou do tipo que "curte" isso (se é que há alguém "são" que goste). Para mim, era quase uma questão de fechar os olhos até passar a cena, se fosse possível. A história é bem articulada, mas achei meio fraca do ponto de vista "CSI", o que é facilmente justificada considerando que são um bando de caipiras do interior procurando um monstro. Com certeza, a Cláu pode criticar melhor esse livro, já que ela gosta de assuntos relacionados a perfis (profiles) de criminosos e companhia ilimitada. A autora Karin Slaughter ainda escreveu outros livros com a mesma médica, na mesma cidadezinha fictícia Grant County - que se existir com tantos crimes assim, ninguém mais vai querer morar lá. Eu considero um entretenimento rápido, para descansar a mente que eu estava precisando.

Só para constar uma curiosidade, o livro cita duas leis interessantes no estado da Geórgia, EUA: uma assistente social é encarregada de ligar todos os anos para as vítimas de abusos sexuais para informá-las da situação do criminoso, se continua preso, se está em condicional, onde mora e tal. A outra é a da 3a infração: depois da 3a vez que ele for considerado culpado (seja algo grande ou pequeno), o bandido nunca mais sai da cadeia.

Agradeço a biblioteca FJGAH, localizada em Vinhedo, sempre com uma coleção variada disponível... Você está longe, fér, mas a gente aproveita!

4 comentários:

  1. Taci, valeu. Eu nunca ouvi falar desse livro mas vou correr atrás assim que o bolso aliviar para te dizer o que eu achei, já que, como disse, eu me interesso muito mesmo pelo assunto. Sobre a lei que vc falou por último, ela se chama Three Strikes, porque como no jogo de baseball, não importa o crime, na terceira ofensa você "está fora"...mas não existe em todos os estados até onde eu saiba. Não seria ótimo uma lei dessa no Brasil? :)

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  2. hahaha
    Eu ganhei este livro mas nem li! Na verdade eu ganhei naquele site que eu não lembro o nome e nem sei se ainda existe (informação clara e precisa!) do ministério da cultura para incentivar a leitura - eu escrevi uma resenha de "The Curious Incident of The Dog in the Nightime" (alias otimo, recomendo! Esta' disponivel na biblioteca, hehehe) que foi publicada e ganhei este livro.

    Enfim.

    Clau, se não quiser investir no livro, pede para a Taci entregar o meu para a Tati que entrega para você, ou então você encontra com a Taci... Enfim, eu te empresto, vocês estão todas em SP, organizem-se! hehehe De toda forma, eu não vou para o Brasil tão cedo e prefiro que meus livros sejam lidos a ficarem tomando poeira :-)

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  3. Nossa que linda essa lei! Heheheheh...
    Ai, as leis penais brasileiras são uma piada... qqr dia os tiriricas vão votar uma lei pra obrigar as vítimas a acolherem os detentos em casa, pra estimular o perdão e o amor fraterno! hahahahaha...
    Acho ótimo. Três crimes e mofa na cadeia... quem mandou?

    Tb não curto cenas de violência crua e estupro então...vixi...

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  4. Tipo de livro que curto, histórias bem urdidas, um tanto quanto... vejamos... ensanguentadas, mistério e detalhes, muitos detalhes e, de preferência, sórdidos! Amo ler esse "trecho" da alma humana. Tomarei como indicação, será mais um em minha "pouco" extensa lista... rsssss... Taciana, seus textos, sempre ótimos!

    "O silêncio não é a ausência da fala, é o dizer-se tudo sem nenhuma palavra." O outro pé da sereia/ Mia Couto

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