Esse é o terceiro livro chinês que eu leio - os outros foram As boas mulheres da china e Cisnes Selvagens. Mas esse é o 1o escrito por um homem. E o primeiro de ficção. A diferença é grande, assim como a diferença entre homem e mulher na China é enorme.
Ler um livro sobre a China, é mergulhar num universo totalmente diferente do nosso mundo ocidental, religião, política, trabalho, liberdade. Ainda são homens e mulheres, os sentimentos são os mesmos, mas a realidade é toda outra. Os dois livros que eu li antes, são emocioanantes, relato da história e do cotidiano de um outro povo, do ponto de vista feminino, sofredor, real. Esse também é assim, mas o foco está em 2 homens, o que eu acho que muda tudo.
Na contra-capa você fica sabendo que a há uma mulher na história, divida entre dois amores: Shento e Tan, dois irmãos - "um morreria por mim e outro não viveria sem mim". Dramático demais. Assim como o livro - tudo é demais. Os homens são bons demais. Corajosos demais. Inteligente demais. A nossa heroína também não é lá muito comum - órfã, abandonada, numa vida difícil, mas sempre "muito" também - estudiosa, inteligente, esperta, batalhadora. As desgraças e retomadas são demais também. Os personagens vão da miséria total para o absoluto poder e vice-versa.
Acontece que o livro é interessante, por contar um pouco do cenário histórico da China (décadas de 60 a 80), mas achei tudo forçado demais. E se é para forçar a verossimilhança, que seja para ter um romance bem bonito, daqueles de chorar. Pareceu-me que a mulher estava ali só para criar mais uma tensão entre os dois personagens masculinos, a história era deles (se não bastasse um ser filho legítimo e outro o bastardo abandonado, que pegam raiva um do outro por n motivos).
Ah, algo que eu gosto na cultura chinesa é como eles trocam (ou trocavam?) de nomes. Uma criança chamava Ming - que queria dizer luz, brilhante, e em determinado momento resolvem chamar (apelidar?) de Tai Ping, ou o oceano Pacífico. Gosto que os nomes tenham significado, por mais estranho que isso possa parecer...
Agora a dona do livro - minha amiga de pais chineses - Debô (ou a gata) pode dizer o que ela achou...
Oi!
ResponderExcluirComo devoradora boa devoradora de livros q sou estou te seguindo ok?
Bjs