Eu não errei a capa do livro. Eu li "Espiritualidade - onde, quando e como", mas ele é tão velhinho (1997!!!!) que já foi atualizado para "Trabalho, descanso e dinheiro - uma abordagem bíbilica" (Timóteo Carriker). Segundo a editora Ultimato, é só uma roupagem nova com novas revisões e seleções de versículos. Se não mudou, ótimo, porque o livro é bem prático: direto e objetivo no assunto.
Como o novo título fala, ele aborda a espiritualidade desses três temas, mas começa discorrendo sobre a Criação do homem. Vou falar um pouquinho do que eu mais gostei em cada capítulo.
CRIAÇÃO - O autor fala sobre a criação e o que ela nos mostra da relacão de Deus com o homem e do homem com a natureza, como somos responsáveis por ela. "Hoje, invertemos isso, pensando que o mundo é objeto para nossa exploração, ao invés de sujeito conosco para a glorificação de Deus. Dominar (gn 1.28) não significa dispor como quisermos, mas "assegurar a permanência e o equilíbrio da criação".
TRABALHO - Às vezes consideramos o trabalho como punição, até pelo fato de, depois do pecado, Deus falar para Adão que ele com esforço conseguirá o seu alimento. Mas isso não quer dizer que o homem tinha sido feito para ficar de papos ao ar (como alguns gostariam), mas o trabalho é valorizado ao longo de toda a Bíblia. Daí a importância de todo o trabalho - seja na Igreja ou fora dela, ser uma forma de servir ao Senhor. Seja o nosso trabalho em escritório, consultório, comércio ou qualquer outro lugar, importa fazermos pensando num propósito maior: "Como meus talentos e minha profissão podem melhor contribuir para os desígnios de Deus e a manifestação dos valores do seu domínio?"
DESCANSO - como Deus descansou no 7o dia, nós também descansamos (e na conjectura atual, são 2 dias em 7!) Mas esse ato tem um significado maior, e aí precisa ser levado para toda nossa vida: é uma declaração de confiança no Pai, descansar é assumir a dependência que temos dele.
DINHEIRO - aqui está a parte mais "polêmica" do livro, em que o conceito de dízimo é contrariado. Sim. Afinal, Jesus, nunca falou dar de dízimo (aliás, só como exemplo do legalismos dos fariseus). Paulo também não (e ele que mais falou sobre a Igreja que somos hoje, depois da salvação em Cristo). Surpreso? Eu também. Isso, porque no novo testamento, se pede muito mais - tudo que pudermos e em abundância: "Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu em seu coração, não com tristeza nem por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria." (II Co9:7) Essa oferta tanto é para ajudar outras pessoas como para manter a igreja física, atualmente. E até por trás da nossa prosperidade, há um propósito de Deus: "Ele fará com quem vocês sejam sempre ricos para que possam dar sempre com generosidade. E assim muitos agradecerão a Deus a oferta que vocês mandam através de nós" (2 Co 9:11). Jesus vem cumprir a lei, o que significa que ele a reforça e expande para fora dos limites do legalismo, valorizando ainda mais o sentido por trás da ação. Dar 10% por obrigação é uma coisa. Dar o que pode por amor e gratidão ao Pai é outra. E esta diferença é tudo.
Aqui está só um resuminho, mas é gostoso ler um livro tão simples e prático sobre espiritualidade, recomendo e agradeço ao Marcos Botelho pelo empréstimo!
me interessei... pelo que entendo, a gente tem que fazer a caridade para com o próximo para alcançar "as graças de Deus", e não essa história dos 10% que foi convencionado por algumas religiões.
ResponderExcluiroi, carol, a ideia é que a gente contribua com o que o nosso coração mandar, e para agradar a um Deus que nos ama, e não receber algo em troca. E eu não citei, mas o dinheiro para a igreja também é para mantê-la (como local físico, que também possui gastos). O problema é quando a pessoa acha que os 10% é um dever e faz ou não faz por legalismo ou revolta (para atender ou não uma "lei") - importa fazer de coração.
ResponderExcluirCarol, na verdade a Bíblia nos ensina que por nossas obras de caridade (ou quaisquer outras) é impossível alcançar a graça de Deus - Efésios 2:8-9. A graça dEle é que nos alcança de maneira inexplicável à nossa pequena compreensão... A graça é um presente à nós, o qual não merecemos mesmo que façamos todas as maiores obras do mundo. Um grande abraço.
ResponderExcluir