Editora Rocco - Capa |
Eu ainda lembro quando eu li a resenha desse livro em seu lançamento aqui no Brasil (em 2004), junto com a polêmica de ser um plágio do livro Max e os felinos de Moacyr Scliar, um autor brasileiro. O próprio Moacyr não considerou plágio, e restou só a discussão - detalhes que agora lembro por causa do google - eu mesma nunca li o livro brasileiro. Só fui ler esse agora porque foi um dos deixados para trás pela Fernanda antes de ir para a França - obrigada, fér!
A vida de Pi é sobre um indiano com o nome bizarro (Pi é apelido) de Piscine Martel, uma piscina pública da França, que seu tio, nadador, admirava. Ele nasceu hindu, mas ao longo da infância / adolescência se tornou ecumênico, segundo o próprio - plenamente hindu, cristão e muçulmano, o que é bizarro e interessante, mas ao longo do livro se perde.
Porque a trama principal mesmo é o fato de ele sofrer um naufrágio, junto com a família, quando eles estavam mudando para o Canadá. Na mudança, estão também animais do zoológico que o pai tinha, e foram vendidos para zoológicos da América do Norte. Do naufrágio, sobrevive num bote: o Pi, uma zebra, uma hiena, um orangotango e um tigre chamado Richard Parker. A hiena come a zebra, mata o orangotango. O tigre mata a hiena. E restam no bote somente o Pi e o Richard Parker - essa sobrevivência é a parte mais louca e interessante do livro. Um estudo humano realmente.
Mais do que a discussão inicial sobre religião e ecumenismo, a parte de zoologia e comportamento de animais em zoológicos foi o que mais me interessou. Não sei se tudo é acurado, mas algumas coisas sobre isso nem tinha me passado pela cabeça - por exemplo: o maior desafio do zoológico é diminuir a distância de "fuga" dos animais, porque cada um tem uma distância que considera segura para ficar perto do homem, que pode ser de 70, 100 metros. Imagina uma jaula desse tamanho! Ia sempre precisar de binóculo!
Agora, para aproveitar melhor o livro, precisa entender um pouco de embarcações, e o que é um bote salva vidas de navio - nada daqueles botinhos de plástico que a capa do livro tenta reproduzir. O autor descreve, mas talvez por falta de conhecimento prévio, eu não consegui visualizar mesmo do que se trata.
E sinceramente? Não quero nem ter oportunidade de descobrir!
agora tem o filme :):)
ResponderExcluirÉ, agora tem o filme pra visualizar o bote, mas o filme não conseguiu ser tão bom quanto o livro foi pra mim. Eu achei o Yann Martel gênio. Essa questão da zoologia, a questão da evolução espiritual, o simbolismo da ilha, tudo em conjunto me deixou fascinado pelo livro que agora é um dos meus favoritos.
ResponderExcluirabraços.
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