30 de abril de 2010

Grandes questões sobre sexo


24 horas bastam para ler esse livro sobre um dos assuntos mais comentados e discutidos pela humanidade... Sexo! Mas não é por isso que esse livro é fácil de ler - o ponto mais importante é o autor: John Stott, um teólogo inglês contemporâneo que aborda as questões cristãs e laicas de uma maneira muito direta sob a luz da Bíblia.
Os grandes temas polêmicos tratados nesse livro, para os mais curiosos, são: feminismo e toda a relação de homem-mulher, divórcio, aborto e homossexualismo. O livro não é lá muito recente, mas a discussão é muito atual e os argumentos sólidos e inteligentes.
Realmente não vou discorrer nesse post sobre cada um dos temas, mas o que mais me interessou, claro, é o feminismo. "Nos tempos modernos", em que muito se fala sobre carreria da mulher, sua independência financeira, sua independência sexual, e isso não só é uma realidade possível e plausível na vida de muitas de nós, mas também quase uma "cobrança" da sociedade.
Ao falar de submissão da mulher ao cabeça que é o homem, ou de viver isso, as pessoas olham torto, falam que você é machista, ou dão risadas discretas de deboche...
Mas por outro lado, o que é essa submissão? Ficar em casa, servir só ao marido, não ter vontade própria, abrir mão de seus sonhos?
Muito mais acalentador é ver uma argumentação bíblica apontar para um propósito de Deus com a mulher, baseada na igualdade dela com o homem, e ambos criados a semelhança de Deus, e uma complementariedade entre os dois que enriquece o casamento. Lembrar que a mulher foi feita para o homem, que estava só, mas também para servir a Deus com seus talentos dados por Ele. E que o cabeça da relação deve ser como Cristo, e amar a esposa e assumir sua responsabilidader sobre o bem estar dela.
Para aqueles e aquelas que se interessam sobre o assunto, ou qualquer um dos citados acima, recomendo "beber direto da fonte" e ler o original. O livro está disponível para empréstimo, ele faz parte da bilbioteca da IPAlpha. Se você tem livros cristãos em casa que estão parados enquanto poderiam abençoar a vida de outras pessoas, doe para a biblioteca! Entre em contato comigo através do e-mail: taciana_tcb@yahoo.com

28 de abril de 2010

Dez anos no mar

Editora Record

Mudando completamente de assunto, li o livro da Família Schürmann, escrito majoritariamente pela mãe, Heloísa, contando como foi que eles passaram dez anos no mar.
A história parece muito louca para ser verdade em alguns momentos, é uma família " financeiramente normal" (sem um poder aquisitivo alto), que resolve pegar os filhos de 7, 10 e 15 anos e fazer uma viagem de volta ao mundo num barco. Simples assim.
E a história vai sendo contada de maneira tão simples e direta, sem nenhum floreio, que você fica pensando: "nossa, a vida real é assim mesmo, sem musiquinha de fundo ou frases melosas para dramatizar".
É muito admirável também como eles encaram o desafio, que eles chamam de sonho - basta coragem de correr atrás.
E não é que tenham problemas - e muitos ocorrem, como "quase-acidentes" com outras embarcações, taxas exorbitantes, falta de dinheiro, furtos, um desmastramento no meio do mar, um vazamento de gás dentro do barco, ou até nativos se comportando estranhamente numa ilha do pacífico. Mas é admirável como eles encaram tudo isso, sem se abalar ou ficar se lamentando, continuando em frente rumo aos sonhos.
Não dá para contar todos os detalhes, mas uma das partes que eu mais gostei foi das visitas a diversas ilhas do pacífico, com tribos isoladas e com costumes muito diferente dos nossos. Coisas como pedir marido emprestado por uma ou duas noites só, para ter filhos loiros ou o marido arrancar os dentes da frente da mulher se ela É uma boa esposa e as mulheres com dentes terem vergonha de mostrá-los...
Nesse momento, é muito bom ser ocidental, não?
Esse livro é meu, advindo de uma troca de livros na empresa do meu marido, diponível para empréstimos!

25 de abril de 2010

Histórias de um elevador

Esse é um livro exclusivo - eu mesma tive que escanear a capa, pois não encontrei na internet! A autora é Fernanda Maria, vulgo esposa do Pião, amigo de infância do meu marido, Daniel Trigo. Ela escreveu, publicou através de uma editora laboratório do curso de editoração da USP. Aí finalmente ela distribuiu como lembrancinha do casamento dela ano passado - e eis que o livro está dedicado ao meu marido, o qual realmente esteve lá.
A história é escrita em primeira pessoa por um dos personagens "Emílio, o Narrador", mas algumas incursões também em primeira pessoa dos outros três personagens principais - Silva, Almeida e Dani (esse último, uma mulher). O ponto de partida é a entrada dos 4 numa empresa, no mesmo dia, seus sonhos e projetos.
A proposto logo de cara é fazer um realismo fantástico, com referência direta a Gregor Samsa, de A metamorfose. Entretanto, pessoalmente, acredito que o livro é mais um nonsense geral. É bem escrito (com exceção de vários "cafajestes" escritos com "g", hahahaha), e tem boas ideias, mas embora tenha uma proposta popular, não é daqueles livros que "fluem", e eu passei a semana inteira lendo (junto com outro material do trabalho, é claro, mas até eu estranhei o tempo que eu demorei para ler.)
De qualquer forma, admiro a garota (que eu não conheço, ela é diplomata em Brasília totalmente), que escreveu esse livro enorme (~350 páginas) e correu atrás de sua publicação. Espero que seja motivação para outras pessoas!!! Conheço alguém que eu adoraria ver o livro publicado!!!! Para os demais, está disponível para empréstimos!

18 de abril de 2010

Gossip Girl 1, 2, 3 e continua...

Algumas pessoas, principalmente aquelas com contato com garotas adolescentes, já devem ter ouvido falar de Gossip Girl, um seriado americano e uma coleção de livros sobre adolescentes riquíssimos de Nova
York e sua rotina de aula, compras, fofocas, drogas, festas.
Eu já li o volume zero ano passado, aí assisti a primeira temporada, e agora esses três primeiros livros, emprestados da Nani. Minhas impressões:
- os livros são bem fáceis de ler, ou seja, em 1 dia e um pouco de dedicação, eles já eram.
- vários cenários da cidade são mencionados, então se você está familiarizado, é mais interessante;
- muita, mas muita marca de roupa é citada. Se aparece um personagem, você vai saber não só o que eles está vestindo, mas quem assina a bendita peça de roupa. Para mim, uma inutilidade, já que eu mal sei de quem eles estão falando.
- os personagens são (praticamente) os mesmos, mas eles são beeeeeeeeeem diferentes em detalhes importantíssimos.
Acho que isso que acabou me decepcionando mais, porque, a TV deve ter alguma censura implícita com certeza. Para quem conhece: o Nate é um drogado mega bobo, a Serena também é boba, não sabe o que fazer com o sucesso que faz com os homens, e não está nem aí para nada em geral, a mãe da Blair, depois de ser largada pelo marido gay, arranja um cara folgado e brega para casar, e quem tem um irmão mais novo é a Blair e não a Serena, o Dan é um idiota que acha que é Rimbaud. Não que o seriado seja mais profundo ou mais articulado, mas as pessoas são mais "boazinhas", e disso eu gosto, hahahaha.
Bom, tá sem nada para fazer? Quer descansar a cabeça? Pega um desses para ler - é melhor que novela!

14 de abril de 2010

Next Generation Leader

Sim, se o título do livro é "Líder da próxima geração", você pode esperar algo como "auto-ajuda", fórmulas para vencer, ter sucesso, ganhar mais dinheiro e etc.
O subtítulo é "Cinco (conceitos) essenciais para aqueles que irão moldar o futuro". Viu, você já consegue visualizar que aí vem uma receitinha de bolo.
Finalmente, você chega a orelha do livro, e vê que o autor é um tal de Andy Stanley, pastor da igreja "North Point Community".
Pastor?
O que esse cara vai entender de liderança? O cara trabalha numa Igreja. I-gre-ja.
Pronto, o livro já te surpreendeu.
E continua a surpreender, porque o cara apresenta muito claramente o assunto, dando exemplos práticos, "situações", dicutindo conceitos a fundo.
Aí vem um capítulo cristão, com um exemplo bíblico do "conceito" ou "característica" que ele está apresentado - nós vamos Davi, Salomão, os Apóstolos, Josué, de um ângulo diferente, fazendo o que o autor (que tem experiência em formar líderes e desenvolver pessoas) recomenda.
Veja bem, ainda é uma fórmula, e pode ser uma simplificação, mas é realmente muito coerente, e é interessante ver a base bíblica disso, algo que você pode aplicar na sua vida profissional, e em suas atividades dentro e fora da Igreja.
By the way, as cinco características são: competência (entender o seu talento e desenvolvê-lo), Coragem (até para dizer não), Clareza (ou assertividade em comunicar sua visão), Treinabilidade (ou o termo famoso: coachability, ou ser capaz de ser orientado, treinado) e por fim, e mais básico, Caráter (e aqui ele cita que a maioria das pessoas, de acordo com pesquisas feitas nos estados unidos, valorizam em primeiro lugar a honestidade daqueles que eles seguem, ou seja, os líderes).
Acho que esse livro ainda não foi traduzido aqui, mas recomendo para aqueles que leem em inglês, a linguagem é simples, sem muitos floreios ou vocábulário técnico. Eu, pessoalmente, agradeço ao Leo Alvo, por alimentar faz tempo a minha fome de livros e de conhecimento.

5 de abril de 2010

O jogo do anjo

O Jogo do Anjo, de Carlos Ruiz Zafón, é meu livro, graças a Marcella, que me tirou ano passado no amigo secreto, e estava na prateleira, enquanto eu corria para ler e devolver vários livros emprestados.
Eu já tinha gostado do outro livro dele, A sombra do vento, e fiquei curiosa para ler esse, novamente em Barcelona, começo do século XX, anterior a história de Daniel Sempere, para aqueles que leram o outro romance. Dessa vez, um jovem escritor, David Martín, faz um pacto muito estranho que envolve escrever uma "fábula" que crie uma religião, em troca de dinheiro, e otras cositas más...
A história começa devagar, contextualizando, mas a medida em que o personagem se enrola na trama, ela vai ficando mais emocionante e agitada. Lá pelo meio do livro, aparece Isabella, uma garota (17 anos) muito esperta e determinada que se torna amiga de David, que gosta e quer ajudá-lo de verdade, e rende os melhores diálogos do livro (isso é um detalhe muito importante: o livro tem relativamente bastante diálogos, rápidos, ao contrário do que parece não é assim tão comum conversas em romances, ou pelo menos conversas em que os personagens não estão preocupados em fazer discursos enormes ou falar o óbvio).
Além disso, eu gosto muito do tipo de prosa e humor do autor, às vezes irônico, às vezes sarcástico, mas muito bem elaborado. Anotei algumas frases que eu mais gostei para compartilhar com vocês, queridos 12 leitores, e com eles eu encerro:
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"E de passagem leia a Bíblia de cabo a rabo. É uma das maiores histórias jamais contadas. Não cometa o erro de confundir a palavra de Deus com a indústria do missal que dela vive."
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"Nada é justo. O máximo que se pode desejar é que seja lógico. A justiça é uma enfermidade rara num mundo que, de resto, é saudável como um carvalho."
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" - Dizem que quase todos os advogados acalentam um desejo secreto de abandonar o exercício da profissão para serem escritores...
- ... até a hora em que comparam os venciomentos."
(para vc, ania!)
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"Apoiei a cabeça contra a janela e em alguns minutos o bonde arrancou com um sacolejo. Fechei os olhos e me abandonei a um desses cochilos que só se pode usufruir a bordo de algum engenho mecânico, o senho do homem moderno."
(isso eu conheço!!!!)
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"Estou falando de um uma mulher de verdade, daquelas que fazem você ser aquilo que tem que ser."
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"Hora de bancar o gavião. De paquerar, ou, em linguagem científica, de arrastar a asa. Olhe, Sempere, por algum motivo estranho, séculos de suposta civilização nos conduziram a uma situação em que não podemos mais ir derruabando as mulheres nas esquinas ou propondo casamento sem mais nem menos. Primeiro é preciso fazer a corte."
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"Entrei na livraria e aspirei aquele perfume de papel e magia que, inexplicavelmente, ninguém ainda tinha tido a ideia de engarrafar."
(se já engarrafaram, eu também quero!)

3 de abril de 2010

As mil e uma noites

O que vem a sua cabeça quando você pensa em as mil e uma noites??
Sherazade contando pedaços de histórias para um rei, para que ele não a mate no dia seguinte, como a outras esposas?
Ali babá e a caverna dos 40 ladrões?
Lâmpadas mágicas e tapetes voadores?
Eu também associava tudo isso a essa lenda das mil e uma noites, e foi com empolgação que eu recebi emprestado do Lucas esse livrão em 2 volumes, com trocentas páginas. (não me lembro quantas, eu acabei de ler esse livro em fevereiro e esqueci de fazer o comentário aqui! - também, já são 18 livros lidos esse ano!)
Mas o mais interessante foi poder vislumbrar a cultura árabe, porque são lendas sim, são histórias fantásticas sim, mas também é um registro histórico de uma sociedade, já que elas também retratam o cotidiano e alguns hábitos das pessoas.
Graças a wikipedia, sei que esse livro "apareceu" por volta do século IX, e possivelmente tem influência dos persas, árabes e indianos, e obviamente foi bastante modificado ao longo do tempo. Essa versão, é a tradução do francês de Antoine Galland, que compilou as histórias - que vão até a noite 282, e depois continua como um conjunto de contos (certamente não dá 1001... mas tudo bem).
O que mais me impressionou foi o protagonismo de algumas mulheres, administrando a casa, o dinheiro, o reino, viajando,  escolhendo maridos e às vezes companheiros de algumas noites - isso tudo num livro em que praticamente todos são seguidores de Alá, Maomé, e mencionam isso a todo momento - vendo o mundo islâmico de hoje, e livros como A Cidade do Sol, como a sociedade deles pode mudar tanto, e para trás? Ao contrário do mundo ocidental, que se tornou mais liberal, eu digo...
Bom, não vou entrar nessa discussão, porque realmente não é da minha competência, mas os livros em si são bastante interessantes, e há algumas histórias bem criativas, mas gostaria de dizer que eu demorei cerca de 4 meses para ler tudo... Fui lendo aos poucos, com longas interrupções, porque o livro pode ser bem cansativo, com muitas descrições e detalhes, nada parecido com os livros que a gente devora em 1 dia! Mas recomendo, por ser clássico, por ser algo tão distante da nossa realidade (temporal e geograficamente) e pela curiosidade, claro...