10 de fevereiro de 2010

Azincourt

Fonte: Editora Rocco
Bernard Cornwell, o autor desse livro escreve sobre a "idade média" do Reino Unido, quando mal existiam reinos quanto mais unidos! E se você for considerar a perspectiva dele, lá só acontencia guerra! Eu já li vários livros dele, em português e inglês, motivada principalmente por dois bons amigos fãs do autor (e que efetivamente compram os livros!) Esse, especialmente, é sobre uma batalha entre ingleses e franceses, e dada as crueldades de alguns trechos, dá para vislumbrar o ódio que eles sentiam entre si.

Porque um dos talentos do Cornwell é descrever batalhas, com riquezas de detalhes, aonde as pessoas andam, quem atira acerta aonde, o que acontece com o elmo, e depois com o crânio, até aparecer o cérebro como uma gosma... Sim, é muito nojento! Mas além disso, nesse livro, tem muitas cenas de torturas e assassinatos de prisioneiros, de estupro e mutilação de mulheres e crianças. É algo terrível de ler. Chega a doer fisicamente só de imaginar.

Eu comecei a pensar como o homem pode ser tão cruel. (E é irônico você considerar que tem gente que acredita que o homem "é bom" e que "o ato de ser humano" é ser sensível e caridoso com outras pessoas.

Talvez se você considerar o êxtase da batalha (que é citado muitas vezes), pode falar que matar é a empolgação dos caras. Mas e quando se faz a sangue frio? Não é o "racional"?

Eu só posso ficar feliz de viver nessa época, em que a minha aldeia não corre o risco de ser invadida de uma hora por outra e que o melhor que pode acontecer é "morrer rápido"... De qualquer forma, não me iludo, a crueldade humana não mudou em mil anos de "civilização"...

(Veja bem, essa é uma resenha um pouco dolorida, mas o livro é bom, a prosa é gostosa de ler, mas ao considerar todos os livros do autor, aí eu recomendo realmente a trilogia do Rei Artur, por exemplo).

Obrigada, Luquinhas, o melhor estagiário fornecedor de livros que já existiu!

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