25 de janeiro de 2010

Grande Sertão: Veredas

Hoje, 25 de janeiro, é o aniversário do meu marido, vulgo amor da minha vida, Daniel Trigo. Então esse post é para ele, de um livro que eu já li e reli faz tempo mas fala muito de amor para mim. Grande Sertão: Veredas é um livro bem árido para algumas pessoas, mas depois que você entra nesse universo peculiar do Guimarães Rosa, é difícil escapar. Em cada linha, em cada palavra inventada, é ver poesia, é ver coração, é ver humanidade. Não vou explicar o enredo, afinal qualquer site de vestibular pode fazer isso melhor do que eu. Para mim, esse livro fala de amor, amor de verdade, e eu sou grata a Deus por ter encontrado um amor assim.
"Diz que direi ao senhor o que nem tanto é sabido: sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na ideia, querendo e ajudando; mas, quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama inteiriço fatal, carecendo de querer, e é um só facear com as surpresas. Amor desse, cresce primeiro; brota é depois." 
Feliz aniversário, Amor.

Millenium

A Série Millenium!!!
Certamente, os livros que eu mais gostei de ler nos últimos tempos!!!!
1500 páginas de emoção!!!
Só exclamações!!!!!
Claro, eu recomendo!!!!!

Mais detalhes para empolgar vocês a lê-los assim como eu fiquei empolgada - eu ganhei os 2 primeiros livros da minha amiga Fér, que também os recomendou demais - já era um bom início.

Os três livros - "Os homens que não amavam as mulheres", "A menina que brincava com fogo" e "A Rainha do Castelo do Ar" tem como personagens principais duas figuras diferentes: um jornalista investigativo, garanhão, inteligente, chamado Mikael Blomkvist e uma hacker superdotada e antissocial, Lisbeth Salander.
A trama se passa na Suécia, então é muito legal ver um cenário diferente de histórias, ruas e cidades com nomes que você mal consegue pronunciar. O tema, por outro lado, é muito sério, passa por violência sexual contra as mulheres, espionagem, corrupção, conspiração, assassinatos, ou seja, nada muito light. No entando, o autor Stieg Larsson escreve um pouco como o Dan Brown, com muitos detalhes, situando você muito bem no meio da história, mas em trechos curtos, cheios de ação, em que o texto pula de um personagem para outro, ou de uma perspectiva para outra, deixando você em suspenso sem saber o que vai acontecer em seguida.
E assim como os livros do Dan Brown, já fizeram filmes, que obviamente não passaram pelo eixo Hollywood e por isso é difícil de achar uma informação na internet confiável quando eles vão estrear por aqui e se vão (e parece que a Sony Pictures comprou os direitos e também vai filmar...)
Bom, eu recomendo fortemente, não é um livro que dá para parar de ler. Por isso, se possível, já tenha o terceiro em mãos quando acabar o segundo, porque vai ser difícil não engatar um no outro!

Prom Nights from Hell

Ok, é um livro de terror - Formaturas Infernais aqui no Brasil. Mas é cômico também. Principalmente se o seu vocabulário em inglês no tema é um pouco limitado, como o meu. O que é "dim reaper"? O que é "corsage"? E esses são os títulos das histórias! Veja bem, eu sou boa de contexto, entendi bem a historia, mas alguns "brancos" de tradução ficaram totalmente a meu critério que não tem muita paciência para parar de ler e procurar um dicionário. (embora agora eu esteja utilizando agora a ótima ferramenta do google que é escrever na busca define: palavra-que-vc-quer-saber e funciona em todas as línguas do mundo. ou qse). Ou seja, eu, que fecho os olhos quando vejo violência em filme só para não ver ninguém se machucando, achei o livro interessante. Embora fosse de terror. Com mortes e tal. (E vampiros, claro.)
Realmente, falar mais o quê?
Obrigada, Nani, por emprestar mais esse!!!
(E incrivelmente não é tão fácil postar sobre os livros que eu li na mesma taxa que eu os leio, hahahaha)

19 de janeiro de 2010

A minha querida mamãe

Romances, contos, poesia,
Eu gosto muito de ler
Nos livros encontro alegria,
Mas alegria maior em você!

Taciana, aos quase 27 anos, justificando porque não virou poeta...

18 de janeiro de 2010

O Poeta Fingidor

Esse livro eu ganhei de Natal da minha mãe (sim, esse é meu!), com uma anedota familiar muito legal... Ela disse que quando estava grávida de mim sentia vontade de ler poesia, e leu várias do Fernando Pessoa... Por isso que eu nasci assim, :-), e esse poeta é especial...
Este livro fez o caminho inverso ao mais comum: esteve primeiro na TV e depois virou livro, por isso que ele inclui um DVD, com o documentário que a Globo fez comemorando os 120 anos do nascimento do poeta e, até onde eu sei, só passou na globonews. O documentário foca mais na figura do poeta, ou seja, procurando saber mais sobre sua vida cotidiana, o que fazia, como ele era. Entra em contato com uma sobrinha dele, que lembra de brincar com ele de "barbeiro" (que era ela, com 4 anos), ou com a sobrinha de uma "namoradinha" dele. E aí ele procura ir contra a ideia de que Fernando era homossexual, o que ele não gostava, pelo jeito, era de casamento. O documentário é todo em Portugal, com umas paisagens muito bonitas, realmente vale a pena - mas não espere algum estudo literário.
O livro começa com uma introdução sobre o poeta, baseado no estudo que o autor-jornalista fez tanto para o documentário como num período anterior em sua vida (sem especificar exatamente o porquê). Então, as poesias citadas no documentário são apresentadas na íntegra, com muitas fotos de Pessoa e de manuscritos - o livro todo é muito bem feito, com capa dura e páginas brilhantes, bem coloridas e bem diagramadas.
O que eu mais gostei é o registro da suposta primeira poesia, do garoto então com 7 anos, para sua mãe, que casara novamente e estava com viagem marcada para morar no exterior (na África):
" À minha querida mamã
Eis-me aqui em Portugal
Nas terras onde eu nasci,
Por muito que eu goste delas,
Ainda gosto mais de ti"
E com um pedido desses, que mãe não levaria ele junto?
(Veja bem, não sei nem que mãe deixaria o filho para trás!)
Obrigada, mamy, pelo livro!!!!!

11 de janeiro de 2010

Cartas a uma senhora americana

Esse é um livro do C.S. Lewis (mais conhecido pelo livro As Crônicas de Nárnia), mas é um pouco diferente: são realmente as cartas que ele enviou para uma correspondente, que logo se torna amiga, nos Estados Unidos durante os últimos 13 anos de vida. É engraçado que ele não gosta de escrever cartas, e reclama muito disso nas próprias cartas, mas até mantém uma certa regularidade e faz isso com muita consideração. O papo é na média bem trivial, falam de dificuldades diárias, o tempo, e muitas dores - nossa, como os dois sofrem de diversas doenças! E são relativamente novos (cerca de 50 anos), ainda bem que os tempos agora são outros, hehehe. No entato, estamos falando de C.S. Lewis que mesmo assinando Jack, depois de uma certa intimidade, solta pequenas pérolas sobre o cristianismo e nossa relação com Deus. Muito legal. O trecho que eu mais gostei foi esse, com o qual eu concordo plenamente:
"Sim, também acho que há muito a dizer a favor de não ser mais jovem. E concordo plenamente em que é preferível já ter passado da idade na qual se tem expectativa de atrair o sexo oposto. É bastante natural em nossa espécie, como em outras, que os jovens pássaros exibam sua plumagem - na época do acasalamento. Mas o problema do mundo moderno é que existe uma tendência a apressar o amadurecimento de todos os pássaros para que atinjam essa idade o mais cedo possível e depois mantê-los nesse estágio até o mais tarde possível, perdendo-se assim todo o verdadeiro valor das outras etapas da vida na tentativa lamentável e absurda de prolongar o que, afinal das contas, não é o período mais sábio nem o mais feliz, tampouco o mais inocente da vida. Só posso suspeirar de que existam motivações comerciais por trás de tudo isso: pois é na idade da exibição que os pássaros de ambos os sexos resistem menos às liquidações."
E isso em 1954!!!!! O mundo não mudou nada, hein, hahahaha. (Isso foi eu rindo sozinha no trem!)
Um ponto importante: o livro só contém as cartas dele, porque embora a mulher tenha doado a correspondência que recebeu, ela preferiu ficar no anonimato, e eu nem sei se ele guardou as cartas que ela enviou. Assim é como olhar só uma parte da história (a parte dele), e ir imaginando a outra. Muito interessante mesmo conhecer o "homem" C.S.Lewis. Fantástico e muito humano!

9 de janeiro de 2010

Comédias Brasileiras de Verão


Diversão rápida, fácil e de qualidade. Quem nunca leu um texto do Veríssimo não sabe o que está perdendo. E não um daqueles textos que um belo dia você recebeu por e-mail como sendo dele. Eu duvido muito que fosse... Nada como o original! E aí eu recomendo quaisquer desse livros da coleção bonitinha que a editora Objetiva lançou - sempre com esse desenho simpático do autor. (Na verdade, "O mundo é bárbaro" é sobre política, então é um pouco mais árido para quem não quer "cansar" o cérebro.) Já esse eu recomendo fortemente, são comédias, estamos no Brasil, e é verão, mas não importa o contexto porque ele diverte mesmo no trem indo para o trabalho. A maioria das histórias são sobre relacionamento homem-mulher, com algumas tiradas muito boas. Um dia, e o livro já era!
Dois comentários a mais sobre assuntos relacionados: na Berrini - SP, existe um bar chamado Veríssimo, muito bem decorado (com capas de livros), todo o cardápio se refere a expressões, personagens ou livros, e a comida é realmente boa. Quando eu fui, tinha um trio tocando jazz (que é o tipo de música preferida do Luís Fernando), e consta até que ele já deu uma palhinha por lá. Recomendo - quem é fã também é a minha amiga Fér, grande leitora!
O segundo ponto é que eu adoro o Veríssimo pai também (o Érico), bem menos popular, com um estilo diferente, mas é fantástico da sua própria maneira. Geralmente escola pede para ler "Um certo capitão Rodrigo", mas toda a saga de O Tempo e O Vento é fenomenal (da qual o primeiro livro é só uma pequena parte, e custa beeeeeeeem caro atualmente, mas está na minha wishlist!).
Para finalizar, eu digo que... bem... esse livro não é meu.



5 de janeiro de 2010

Blink

 Esse livro já é bem diferente do anterior (gosto de variar bem os temas entre um livro e outro), é de psicologia. Mas é livro de psicologia do jeito que eu gosto: com historinha. Ou com váriso causos como dizem os antigos.
O autor fala sobre coisas que pensamos sem pensar, processos que o nosso cérebro faz - conclusões, ideias elaboradas sem que percebamos, mas nos influencia fortemente.
E ele explica o que é isso com várias historinhas diferentes - do cara que se tornou presidente americano por que tinha cara de gente boa (e ele vai até uma pesquisa que os CEOs das maiores empresas tendem a ser mais altos que a média da população), de um incidente em que policiais atingem num cara inocente e indefeso porque pensaram que ele tinha uma arma até jogos de guerra americanos, de estátuas arqueológicas faltas até uma pesquisa que prevê com 95% de acurácia quais recem-casados irão se divorciar no futuro.
Ou seja, bem amplo mesmo e muito interessante.
(A dica para não rolar divórcio é que em qq interação, mesmo discussões, a taxa de sentimentos bons por sentimentos ruins deve ficar em 5 para 1. Alta assim mesmo, por isso é bom exercitar a aceitação e o reconhecimento mútuo entre cônjuges, hahaha. Os caras são os especialistas! O site do pesquisador desse assunto é http://www.gottman.com/)
Recomendo de verdade, principalmente para aqueles que se interessaram pela série "Lie-to-me". Um dos capítulos é quase todo sobre o desenvolvimento da ciência de reconhecimento das micro-expressões faciais pelos caras que "descobriram" que uma expressão de medo, raiva ou felicidade é igual em todos os lugares do mundo e então resolveram formular um "manual" com todas as expressões possíveis de existir, hehehe. E sim, como é dito no seriado, é possível aprender a ler essas micro-expressões, basta um pouco de treino... Cuidado, mentirosos de plantão!
Esse livro também é emprestado, do eclético Thiago, que gosta dessas leituras "técnicas-filosóficas", mas me empresta Stephanie Meyer e é fã mesmo do Stephen King. Obrigada!

3 de janeiro de 2010

Can you keep a secret?



Esse foi o primeiro livro do ano ou quase. Comecei no dia 31, acabei na madrugada do dia 1o (insônia depois da festa). Quem conhece, sabe, é chick lit, ou literatura para garotas - elas são poderosas, mais bonitas do que se acham e sempre ficam com o príncipe no final. É entretenimento puro, fácil e simples de ler. Um dos livros que eu mais gostei da Sophie Kinsella. Os da série Becky Bloom eu não gostei tanto, me dá nervoso aquela louca com "fúria compratícia", sem poder se controlar! Recomendo mais esse... Para ler num dia!
Agradeço a Nani que está me emprestando toda a coleção que ela já adquiriu dessa autora - faz meus dias mais divertidos!